domingo, 10 de março de 2013

Alimentação.


Dieta Anti-náuseas e Vômitos

Enjôos, náuseas e vômitos ocorrem em 70% das grávidas. Durante o primeiro trimestre de gestação, a futura mãe poderá sofrer esses problemas. Certos alimentos, que eram consumidos sem nenhuma dificuldade, poderão originar problemas de digestão. As gorduras são causas comuns do aparecimento desses sintomas. Os líquidos tomados às refeições podem precipitar os vômitos.
As torradas ou alguns biscoitos como "cracker" e sem sal, ingeridos antes do vômito, poderão ajudar a eliminá-lo. Os líquidos poderão ser ingeridos entre as refeições, mas não durante.
O leite desnatado poderá ser mais bem tolerado que o integral. Frequentemente a náusea desaparece durante o dia, e a mulher poderá preencher suas necessidades dietéticas com o aumento da ingestão de alimentos durante a tarde, no jantar e antes de dormir.
Para as que enjoam ao despertar, sugere-se que não lavem a boca com água fria, porque isso provoca a contração do estômago. A gestante, 15 a 20 minutos antes de escovar os dentes, deve comer bolachas com leite ou chá quente.
Tais medidas associadas a uma medicação adequada são de grande valor. Se o vômito persistir e tornar-se muito constante, haverá necessidade de cuidados médicos e, muitas vezes, até de internação.



Fonte: Grávida Feliz, Obstetra Feliz - Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi

Vitaminas e Minerais


A seguir, algumas vitaminas e minerais e seu papel na gestação, bem como os alimentos em que são encontrados.

Ácido fólico

É importante para o crescimento normal, na formação de anticorpos, síntese de RNA e DNA, é vital para a divisão celular e síntese protéica, e está envolvido na prevenção dos defeitos do tubo neural. Além da alimentação, é recomendável a suplementação.




















Alimentos fonte: espinafre, gérmen de trigo, suco de laranja, feijão branco, levedo de cerveja, repolho cru e fígado de boi.

Vitamina A

Tem papel de destaque na visão, desenvolvimento fetal, regulação da proliferação e diferenciação celular, manutenção do tecido esquelético e da placenta.

















Alimentos fonte: agrião, cenoura, manga, abóbora, fígado de boi, manteiga, couve e leite.


Vitamina C

Tem múltiplas funções no organismo, entre elas, a de antioxidante, participa da síntese e manutenção do colágeno (proteína estrutural dos ossos, cartilagens, músculos e vasos sangüíneos), atua na prevenção e no tratamento da anemia ajudando na absorção do ferro e aumenta a imunidade às infecções.













Alimentos fonte: acerola, espinafre, laranja, pimentão, couve, goiaba, limão, couve-flor, kiwi e morango.

Vitamina D

É fundamental para o equilíbrio do cálcio e do fósforo, sendo essencial ao crescimento ósseo, como fator imunológico. Sua deficiência afeta o crescimento fetal.















Alimentos fonte: arenque, gema de ovo, sardinha, fígado de frango e salmão.

Cálcio
Durante a gestação são transferidos de 25 a 30g de cálcio para o feto, principalmente no 3º trimestre. Sua deficiência pode afetar o crescimento fetal, seu desenvolvimento e o parto prematuro.









Alimentos fonte: leite e derivados como queijos e iogurte, sardinha, ostras e salmão.






Fósforo

Juntamente com o cálcio é um mineral essencial, encontrado em grande proporção nos ossos e dentes. O aparecimento de cãimbras durante a gestação tem sido relacionada a uma diminuição do cálcio - decorrente de um desequilíbrio da relação cálcio em relação ao fosfóro.












Alimentos fonte: carne bovina, peixe, ovos, leite e derivados, nozes, leguminosas, cereais e grãos.

Ferro

Na gestação é necessário não só para repor as perdas normais, como também para a expansão da massa de hemácias. Essencial também para cobrir as necessidades fetais e placentárias e garantir o crescimento do feto e da placenta. As necessidades do ferro são maiores a partir do 2º trimestre e é sabido que não são atingidas somente com alimentação, por isso é recomendada a suplementação. Alimentos ricos em ferro devem ser ingeridos em combinação com alimentos ricos em vitamina C (frutas cítricas), o que favorecerá sua absorção.















Alimentos fonte: aves, feijões, melado de cana, banana prata, fígado de boi, ovos, carne bovina, lentilha e vegetais de cor verde-escura.


Iodo
O iodo está presente na formação dos hormônios de tireóide. A deficiência fetal de iodo é consequência da deficiência materna. A importância nutricional deve-se ao importante papel dos hormônios no desenvolvimento cerebral normal.









Alimentos fonte: frutos do mar, peixes, ricota, ovos, queijos e sal iodado.


Zinco

É um importante mineral para as gestantes, devido a sua função no crescimento e desenvolvimento normais. Atua na integridade celular e em várias reações bioquímicas.












Alimentos fonte: aves, leite e derivados, ostras, carne bovina, leguminosas, peixes, cereais integrais, mariscos, queijos e nozes.


Magnésio
Participa no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras. É antagonista ao cálcio, que promove contração muscular normal. O magnésio, por sua vez, promove relaxamento muscular.












Alimentos fonte: grãos de cereais, vegetais verde-escuros, leguminosas e semente de nozes.


Fonte: Grávida Feliz, Obstetra Feliz - Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi

Cuidados com a Alimentação

"... A mãe nutre seu filho mesmo antes do nascimento dele. Além disso, transfere hábitos alimentares para seu bebê em crescimento, que, por sua vez, vai passá-los para a próxima geração como herança."

Todos os cuidados em relação ao bom andamento da gestação, como controle pré-natal, exames, etc, não terão justificativa se em primeiro lugar, não for adotada uma alimentação saudável.
As necessidades nutricionais da mulher modificam-se nesse período, passando a gestante a requerer maior quantidade de calorias e nutrientes específicos como por exemplo, aumento da ingestão de ferro (mineral) e vitamina A.
A prevalência de anemia (falta de ferro no sangue) é alta na gestação, e dentre as causas que se destacam estão: a baixa ingestão dietética e o não conhecimento de como esse mineral poderia ser melhor absorvido quando ingerido. A anemia por deficiência de ferro está associada à diminuição da capacidade de trabalho e de concentração, à baixa resistência, às infecções, ao aumento da incidência de hemorragias, ao parto prematuro e ao baixo peso do bebê.
A falta de vitamina A compromete a gestação, pois esta é indispensável ao crescimento fetal normal, constitui reserva no fígado do feto e contribui para o crescimento tecidual materno (placenta, mamas, etc).
Os cuidados com a nutrição no pré-natal são importantes, pois permitem identificar precocemente as gestantes com alimentação inadequada e intervir através de orientação nutricional individualizada. No geral, as grávidas devem aumentar as calorias ingeridas progressivamente no decorrer da gestação e incluir alimentos importantes para um resultado obstétrico desejado (bom peso ao nascer, idade gestacional adequada, ausência de patologias na gestação).
Dentre eles estão os carboidratos, as proteínas e as gorduras. Seguem alguns exemplos que justificam esse aumento:
  • O feto necessita de consumo contínuo de glicose para seu crescimento, e, com isso há uma diminuição fisiológica dos níveis de glicemia materna, o que, por si só, justifica um aumento de carboidratos na dieta.
  • Para o fornecimento de glicose para o consumo do feto e para o próprio sistema nervoso materno ocorrem ajustes no metabolismo de gordura da gestante. Parte desta gordura é retirada de seus próprios depósitos para fornecer energia.
  • Os níveis sangüíneos de proteína (aminoácidos) são menores na gestação, e tanto esses aminoácidos como a energia são indispensáveis para a formação dos tecidos do feto e das estruturas maternas.
Fonte: Grávida Feliz, Obstetra Feliz

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