domingo, 10 de março de 2013

As consequências da gravidez na adolescência


Confira o nosso dossiê com histórias de quem já passou por essa barra, como as famosas lidaram com isso, os erros mais comuns e como não cair nessa roubada


Quem encara a maternidade na adolescência paga um preço ainda mais alto: perde a oportunidade de curtir as coisas boas da fase. As baladas com os amigos, a escola e até mesmo as expectativas em relação à carreira profissional terão que ser adiadas... não se sabe até quando. “Enquanto os amigos estão viajando, se divertindo ou investindo em seu futuro, a mãe adolescente tem que cuidar de um bebê. Por isso mesmo, a convivência com os colegas diminui muito. Além disso, muitas meninas param de estudar e depois têm dificuldade de ingressar no mercado de trabalho”, diz Maria Helena Vilela, educadora sexual e diretora do Instituto Kaplan (www.kaplan.org.br) – um centro de estudos e de orientação sobre sexualidade voltado aos jovens.

Muitas dúvidas, pouca conversa

A falta de informação correta e adequada sobre os métodos anticoncepcionais também colabora para que muitas adolescentes tenham que lidar com uma gravidez indesejada (veja o texto ao lado). Muitas vezes, elas vão na conversa das amigas, que também não são especialistas no assunto. Resultado: ficam tão expostas ao risco de uma gravidez ou de se contaminar com uma doença sexualmente transmissível quanto àquela garota que não usa nenhum método. “Não basta ter uma amiga, é preciso ter uma amiga médica. Ou um amigo médico. Alguém em quem ela confie e que realmente possa dar as informações certas, sempre que aparecerem dúvidas. A visita ao ginecologista, inclusive, não precisa estar vinculada à primeira relação sexual”, explica dr. Karam. Buscar informação com a família também é fundamental. Mesmo que não se tenha liberdade para fazer perguntas abertamente, é interessante entrar no assunto aos poucos, para perceber como os pais pensam e até para poder aprender com a experiência que eles já têm. Aproveite a gravidez da personagem da novela ou de uma amiga no colégio ou na vizinhança para entrar no assunto. “Assim, você não precisa se expor, já que não sabe como vai ser a reação da família”, indica Maria Helena. Outra estratégia é pedir que a mãe conte como eram os relacionamentos na época dela. Essas conversas vão aumentando a intimidade, preparando o terreno para um papo mais aberto sobre sexualidade, em que você poderá aproveitar para tirar suas principais dúvidas. Mas se não dá nem pra pensar em ter uma conversa dessas em casa, procure um outro adulto que possa orientá-la, uma tia ou prima mais velha ou mesmo a professora de biologia do colégio. “Também existem, hoje em dia, vários serviços que reúnem especialistas para atendimento telefônico ou mesmo por MSN, como é o caso do Kaplan. O importante mesmo é se informar”, indica a especialista.

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