domingo, 10 de março de 2013

No aconchego do lar



No aconchego do larTags: 

Foto: Arquivo Pessoal
Mãe de três meninas fala sobre a decisão (e a emoção) de viver o parto das duas mais novas em casa
Mãe de três meninas fala sobre a decisão (e a emoção) de viver o parto das duas mais novas em casa
Lia Sergia Marcondes tem três filhas: Luiza, com 6 anos, Maria, de 1 ano e 9 meses, e Sofia, de apenas 3 meses. As três nasceram de parto normal, mas um detalhe faz uma grande diferença entre a chegada ao mundo da mais velha e das duas mais novas: Maria e Sofia foram paridas em casa, com todo aconchego e tranquilidade que Lia sonhava antes mesmo de engravidar pela primeira vez na vida. Aqui ela conta como se deu a realização desse sonho.
Você teve o primeiro parto, normal, no hospital. Como e por que se deu a decisão pelo parto em casa? Era algo em que já pensava antes de ter a primeira filha?
A minha mãe teve dois filhos. Eu nasci de parto normal e o meu irmão de cesárea. Ela sempre falou que o primeiro parto foi muito melhor na recuperação. Confiando na experiência dela, e após várias leituras sobre o assunto, tomei minha decisão e, quando engravidei pela primeira vez, cogitei o parto humanizado. Mas na cidade onde eu vivia a prática só é feita por médicos e clínicas particulares, e eu não tinha plano de saúde ou dinheiro para pagar particular. De toda forma, a decisão pelo parto normal estava tomada. Entrei em trabalho de parto e fui para o hospital com 42 semanas de gestação. Tive o parto normal, mas não foi um atendimento acolhedor.
Como foi o processo de se informar e de procurar os profissionais que ajudariam a viabilizar o seu segundo parto em casa?
Em 2008 eu me casei e vim pra São Paulo. Quando engravidei, meu marido falou que três amigas nossas tinham tido parto normal doméstico, e perguntou se eu gostaria também. Fui conversar com elas e pesquisei sobre o assunto, entrei em alguns sites sobre o tema, procurei grupos de mães que tivessem a experiência de parto humanizado. São Paulo oferece muito mais opções nesse sentido, a preços mais acessíveis. Quando senti que era o que queria, liguei para as parteiras que fizeram os partos das nossas amigas e conversei longamente, tirando toda e qualquer dúvida. E uma coisa que elas disseram foi que me fez decidir convictamente pelo parto domiciliar: “Lia, o parto é seu, é o seu momento e é você quem está no comando. Nós te damos as opções e estamos ali para te auxiliar no que for preciso. Mas se você não estiver 100% confortável, não será um parto realmente humanizado. Você decide quem fica, quem sai, se quer piscina, cadeirinha, cama… Tem que ser tudo pra deixar você com o máximo de serenidade e conforto, porque é o seu bebê quem está vindo ao mundo, e não o nosso.”
Você relata que o parto de sua segunda filha foi muito tranquilo. Seu marido até cochilou e você tuitava entre uma contração e outra. O fato de estar em casa favoreceu essa tranquilidade?
No começo das contrações, enquanto não “emplacava”, eu tuitei para me distrair e relaxar. Uma vez no quarto, escolhi a cadeira de parto. Meu marido sentou num banco atrás de mim, me dando os braços dele como apoio. Num dado momento, entre uma contração e outra, ele cochilou por alguns segundos no meu ombro… Foi realmente inusitado. Eu estava muito calma, muito tranquila. Minha sogra (que é como minha segunda mãe) estava lá também e dava muita confiança. Os meus pais moram na Bahia; portanto, não puderam estar perto nos últimos dois partos.
A experiência do parto é mais intensa quando estamos numa situação de intimidade?
Sem sombra de dúvidas. Com Maria e Sofia eu pude curtir cada hora, cada contração, cada momento do parto. Prestar atenção ao som do coração delas durante o parto, sentir os pequenos movimentos, senti-las descendo e se encaixando, perceber o instante exato em que iriam sair mesmo de dentro de mim para, no instante seguinte, já ouvir aquele chorinho fino e curto que tem o poder de nos fazer derramar lágrimas instantaneamente. Isso aquece nosso corpo inteiro, até o cantinho mais fundo da alma, de pura emoção e felicidade de dizer: meu bebê está vivo. Pude pegar as duas em meus braços com calma, sem nenhuma enfermeira com pressa para pesar, medir e limpar.
Um dos temores mais comuns de quem está pensando em ter um bebê em casa é sobre como a equipe poderá agir em caso de alguma intercorrência durante o parto. Como você foi orientada a esse respeito pela equipe que a acompanhou?
As parteiras com quem fiz meu parto, que têm parceria com uma equipe de médicos, trabalham na seguinte condição: parto doméstico, só parto de baixíssimo risco. Ou seja: pressão alta, diabetes, histórico prévio de eclampsia ou convulsões, enfim… todas as condições em que o parto pode se tornar de risco, aí o parto é hospitalar. Elas acompanham e fazem o parto humanizado em hospital também, seguindo os mesmos procedimentos de casa, mas dentro do hospital. No entanto, isso é conversado antes, e é decidido sempre, por mais que seja zero ou baixíssimo risco, pra qual hospital a mulher gostaria de ir em caso de alguma coisa sair fora do previsto.

Bumbum a salvoTags: 

Foto: Divulgação
Como proteger seu bebê do tormento das assaduras
Como proteger seu bebê do tormento das assaduras
É só descuidar um pouquinho que elas aparecem, sorrateiras, deixando o bumbum do bebê avermelhado e bastante irritado. Às vezes, chegam até a provocar pequenas lesões na pele, que ardem em contato com o xixi. Assaduras são mesmo chatas, mas, felizmente, não são tão difíceis de serem prevenidas.
Elas nada mais são que uma dermatite causada pelo efeito irritativo das fezes e da urina em contato com a pele. Por isso, o mais importante no quesito prevenção é fazer trocas frequentes e higienizar o local usando algodão embebido em água morna ou fria.
Quando o bumbum está muito sujo, vale a pena lavar com água e sabonete neutro e depois secar bem. Usar um creme protetor contra assaduras é importante, assim como deixar o bebê sem fralda por alguns períodos durante o dia, principalmente no calor.
Em alguns casos, a assadura pode ser desencadeada por uma reação alérgica a algo que esteja em contato com a pele do bebê. Se o problema não melhorar, tente variar a marca da fralda.
Muitas mães associam o aumento das assaduras com o nascimento dos dentes. Isso pode ocorrer porque, com os primeiros dentinhos despontando, a criança coloca tudo na boca e costuma ter mais diarreia, o que acaba irritando a pele.

O bebê e a TVTags: 

Foto: Divulgação

Algumas considerações antes de adotar a televisão como uma babá digital
Algumas considerações antes de adotar a televisão como uma babá digital
Quem olha um bebê quietinho diante da TV, fascinado por tantas imagens, tanta luz, tanto som, chega a imaginar que aquilo pode ser uma boa alternativa para distrair os pequenos. Será mesmo?
Um bebê precisa explorar o mundo com todos os seus sentidos: tato, paladar, olfato, visão e audição devem ser requisitados em suas atividades exploratórias ao longo do dia. A TV e os filminhos em DVD voltados para o público infantil oferecem apenas muito estímulo visual e auditivo, com imagens chapadas, bidimensionais, sem a riqueza de detalhes do mundo real. “Sem contar que diante da TV não há interação nem contato físico com outras pessoas. Um bebê precisa disso para que se desenvolva de maneira plena. Às vezes atendemos no consultório crianças com atraso na fala e, quando investigamos a rotina delas, descobrimos que são deixadas diante da televisão por horas seguidas desde muito pequenas. Basta mudar esse hábito e interagir mais com elas para que o quadro se reverta”, conta Paulo Breinis, neuropediatra do Hospital Infantil Sabará.
Frederick Zimmerman e Dimitri Christakis, pediatras e pesquisadores da Universidade de Washington, realizaram um amplo estudo sobre os efeitos da exposição precoce dos bebês à TV. Uma das conclusões a que chegaram é que o excesso de estímulo que a programação infantil oferece pode contribuir para que a criança cresça com uma capacidade de concentração mais baixa e, pior, achando a realidade um tanto quanto chata.
Mas existe um limite seguro de tempo para expor crianças com menos de 2 anos à TV? “Tudo é uma questão de bom senso”, observa o doutor Breinis. Se a rotina do bebê puder ser preenchida com brincadeiras que estimulem seus movimentos, se um adulto interagir com ele de maneira carinhosa e falar com ele olhando nos olhos, se ele tiver acesso a brinquedos simples, mas que agucem seus sentidos, a TV acabará ficando, naturalmente, em segundo plano.

“Hoje não, amor”Tags: 

Foto: Divulgação


Entenda os altos e baixos do desejo sexual durante a gestação
Entenda os altos e baixos do desejo sexual durante a gestação
Uma montanha-russa. É assim que muitas mulheres costumam definir as oscilações de desejo que enfrentam durante os nove meses de gravidez. A disposição (ou não) para transar muda muito de gestante para gestante e de uma fase para outra da gestação. E o motivo para essa variação não é apenas hormonal. Há fatores emocionais e puramente físicos em jogo também.
Nos primeiros três meses, muitas mulheres ficam sem vontade de fazer sexo porque sofrem com enjoos e muito mal-estar. Qualquer cheiro é capaz de embrulhar o estômago, inclusive o cheiro do companheiro. “Nesse primeiro trimestre há ainda o medo de perder a cria, de a gravidez não vingar. Essa preocupação e uma série de outras podem minar o desejo”, explica Carla Zeglio, sexóloga do Instituto Paulista de Sexualidade. “É importante que o companheiro seja compreensivo e não se afaste. Mesmo sem ter relações sexuais, o casal pode continuar conectado, trocando carinhos”, orienta Carla.
No segundo trimestre, quando os enjoos já foram embora e as preocupações com um aborto espontâneo diminuem, normalmente a mulher volta a sentir vontade de transar. A barriga está crescendo, mas ainda não chega a atrapalhar as peripécias na cama. Se a gestante tiver uma relação legal com o próprio corpo, as mudanças em suas curvas não serão um problema. Algumas até relatam sentir mais desejo que o normal nessa fase – a maior irrigação sanguínea na região pélvica é uma das explicações para esse aumento da temperatura sexual de muitas grávidas. “Mas algumas estranham as novas formas, imaginam que não estão tão atraentes”, ressalta a especialista. Se houver cumplicidade entre o casal, esse tipo de sensação pode ser superado aos poucos. A questão é relaxar e aceitar as mudanças do corpo, que precisa se transformar para abrigar um bebê, o que não significa que não há mais sensualidade nele.
No terceiro trimestre, a atividade sexual pode sofrer novo abalo: a barriga atrapalha algumas posições, e o desconforto aumenta à medida que o parto se aproxima. Isso sem contar a ansiedade que vai tomando conta dos pensamentos do casal com a proximidade da chegada do bebê. É hora de usar a criatividade, experimentar posições alternativas e explorar a sexualidade de várias formas – sexo não precisa ser só penetração. E também é hora de ter em mente que não será por causa de um período de jejum sexual que o relacionamento estará fadado ao fracasso.
Mesmo depois que o bebê nascer, a rotina amorosa continuará alterada, mas voltará ao normal aos poucos. Vale lembrar que, do ponto de vista médico, não há contraindicação ao sexo em nenhuma fase da gravidez – desde que, claro, esteja tudo bem com a mãe e o bebê. Mas, como desejo não rima com medo nem com dúvida, aproveite as consultas do pré-natal para desanuviar todos os seus receios com o obstetra.


Nenhum comentário:

Postar um comentário