domingo, 10 de março de 2013

para gravidas


Conecte-se com a sua barrigaTags: 

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 Conecte-se com a sua barriga  Mergulhe na gravidez sem medo
Conecte-se com a sua barriga Mergulhe na gravidez sem medo
Muitas mulheres têm a sensação de que 40 semanas é pouco tempo para dar conta de tudo o que precisa ser providenciado até o bebê nascer: viabilizar o quartinho dos sonhos, reformar a casa, comprar o enxoval, deixar tudo engatilhado no trabalho para os meses de licença-maternidade… E, em meio a tudo isso, há as consultas (e todo o malabarismo para encaixá-las na agenda), os exames, as aulas de hidro… Resultado: o tempo passa e a barriga cresce sem a gestante estabeleça uma ligação mais profunda com esse fato. Quando se dá conta, a futura mamãe já virou mãe de fato e está voltando para casa com um bebê no colo.
Essa falta de conexão com a gravidez pode trazer uma sensação de vazio no pós-parto e tornar esse período mais difícil do que ele já é. “Gestação é um estado especial. Devemos tentar enxergá-la dessa forma, diminuir o ritmo e não nos preocupar tanto com o aspecto prático dos preparativos. Há um preparo emocional para ser feito durante os nove meses”, destaca Márcia Koiffman, obstetriz da Primaluz, instituição que acompanha mulheres em busca do parto humanizado e oferece orientações sobre aleitamento.
Essa preparação emocional começa com permitir-se refletir sobre os medos e angústias que toda grávida sente. Se isso puder ser feito num grupo de gestantes, então, melhor ainda. “A futura mãe lida com emoções ambivalentes. Mas muitas procuram não pensar a respeito, o que não é legal. A própria consulta do pré-natal seria um espaço para isso. O médico não deve apenas checar peso e pressão, mas também tentar saber como está o aspecto emocional de suas pacientes”, aponta Márcia.
Essa conexão com o momento “estou grávida” não precisa (nem deve) acontecer somente de modo racional, em rodas de conversa, por meio de leituras ou reflexões solitárias. Dedicar-se a algum trabalho manual ou a qualquer outra forma de expressão artística pode ser muito proveitoso também. Existem grupos de grávidas, por exemplo, que se reúnem para costurar bonecas de pano. Claro que não é possível se desconectar inteiramente das atividades intelectuais e da vida prática durante os nove meses, mas é muito importante encontrar brechas para se dedicar a essa conexão especial com a gravidez e não se preocupar tanto com as outras providências.

Espelho, espelho meu…Tags: 

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Esqueça a bruxa má da Branca de Neve e procure encarar com tranquilidade o bom relacionamento entre o seu filho e a madrasta
Esqueça a bruxa má da Branca de Neve e procure encarar com tranquilidade o bom relacionamento entre o seu filho e a madrasta.
É cada vez mais comum os casamentos terminarem quando os filhos são bem pequenos. Em muitos casos, ainda bebês. Cada um vai para o seu lado e, um belo dia, o ex aparece com uma nova namorada para chamar de sua, uma candidata a madrasta para o pequerrucho, com quem ele vai acabar convivendo, mais cedo ou mais tarde. Aí começa a surgir uma série de questionamentos na cabeça da mãe: “Será que meu bebê gostará mais dela do que de mim?”, “Ela cuidará bem dele na minha ausência?”, ou, ainda pior, “Ela vai tentar roubar o meu lugar?”.
“É uma situação delicada mesmo, são muitos os sentimentos em jogo, principalmente quando a separação é recente”, ressalta Magdalena Ramos, terapeuta de casais e de família e autora do livro E Agora o que Fazer – A Difícil Arte de Criar os Filhos (Editora Ágora), escrito em parceria com o pediatra Leonardo Posternak. “Sei que é mais fácil falar do que colocar em prática, mas temos que tentar separar as emoções desse pacote e identificar o que é ciúme, o que é posse, o que é inveja”, completa a especialista.
Por mais machucados que os adultos possam estar, eles têm que colocar o filho como prioridade e jamais usá-lo como uma arma para atacar o outro. Muitas vezes a mãe faz uma série de pré-julgamentos sobre a nova madrasta do filho antes mesmo de conhecê-la. O ideal é fugir desse tipo de atitude, por mais difícil que seja. Considere que, se houver uma relação de carinho entra ela e o seu filho, isso será bom para o pequeno. “Afeto não tem limite, não existe uma cota determinada. E a mãe pode ficar sossegada que o lugar dela está assegurado”, finaliza Magdalena.

De peito aberto para essa ideiaTags: 

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Por que é preciso se preparar física e emocionalmente para a amamentação
Por que é preciso se preparar física e emocionalmente para a amamentação
Aleitamento materno é processo. Um processo longo, algumas vezes penoso, mas incrivelmente recompensador. E deve começar ainda na gestação. Não adianta só pensar no assunto quando já estiver com um bebê faminto nos braços.
Amamentar um filho exige preparo físico e emocional. Ao contrário das índias e das mulheres de outras eras, que passavam o dia com os seios ao léu, tomando sol diretamente nos mamilos o tempo todo, nós vivemos com as mamas protegidas e sustentadas por sutiãs de tecido macio. A pele não sofre atrito a vida inteira, ficando muito mais suscetível a fissuras quando o pequeno glutão abocanha a região com vontade. Por isso é indicado, já na gravidez, tentar deixar, aos poucos, os mamilos mais resistentes.
Banhos de sol antes das dez da manhã ou depois das quatro da tarde ajudam bastante. Ficar em casa sem sutiã usando uma blusa de tecido mais grosso também é uma boa: ao raspar na roupa, a pele dos seios vai adquirindo resistência. Alguns obstetras indicam até o uso de uma buchinha sobre o mamilo durante o banho, mas é sempre bom conversar com o médico para saber se isso é mesmo indicado para o seu caso.
A questão física é só uma parte da história: temos também que nos preparar emocionalmente para nutrir um filho por meses a fio. Devemos ler muito a respeito, conversar com mulheres que enfrentaram problemas, que tiveram êxito, colher experiências, dividir angústias, perguntar, perguntar, perguntar.
Cursos para gestantes costumam trazer bastante conteúdo a respeito. Vale a pena investigar se há algum em sua região. Mas talvez o mais importante seja tentar não idealizar demais. Problemas podem surgir no meio do caminho, todos eles solucionáveis se houver orientação adequada. Nem sempre estaremos nos sentindo plenas e felizes enquanto o filho mama. Vai ter hora em que o sono será tanto que até vamos torcer para que ele acabe rapidinho para voltar a dormir. Tudo isso faz parte do processo, sempre ele, e não diminui a importância ou a beleza do fato de alimentar a cria com os próprios recursos. Mesmo que estejamos com olheiras e descabeladas.

Uma família especial, como todas as famílias o sãoTags: 

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Mãe de uma criança com necessidades especiais, Mariana Hart revela os desafios e aprendizados
Mãe de uma criança com necessidades especiais, Mariana Hart revela os desafios e aprendizados
Mariana Hart é fotógrafa e autora do blog Diário de uma Mãe Polvo. Ao conhecermos sua história e sua rotina, fica fácil entender por que ela escolheu o molusco de oito tentáculos para se autodefinir na web. Mari é mãe de três crianças: Stella, de 11 anos, Pedro e Leo, gêmeos de 5 anos idênticos, mas diferentes. Leo é tetraplégico por conta de uma paralisia cerebral. Aqui, Mari conta sobre os desafios e os belos aprendizados que sua família encara com muito amor e otimismo:
Em seu blog, você fala dos sonhos de toda mulher grávida (que no caso dos gêmeos, se multiplicaram por dois) e depois do susto da constatação de que o Leo tinha paralisia cerebral. Relembre um pouco esse momento, desde o nascimento dos garotos.
Acho que toda gestante tem naturalmente o dom de sonhar. Desde o parto, sucesso da amamentação, qual será a primeira palavra, os primeiros passos, e, no caso de gêmeos, me possibilitei imaginar tudo duplamente! Li bastante sobre o mundo gemelar. E, como qualquer mulher comum, já criava cenas, fantasias que envolvem todo aquele romantismo que as mídias, novelas e filmes expressam em relação aos gêmeos.
De repente, com 33 semanas, em uma tarde pré-Revéillon, minha bolsa rompeu. A partir daquele momento, tudo o que eu imaginava foi se diluindo, mas estávamos felizes mesmo assim. Falo no plural, pois sempre tive um grande parceiro, marido e pai ao meu lado em todos os momentos, compartilhando medos, angústias e alegrias.
Mas mal sabíamos o que estaria por vir. Por uma cesárea de emergência, Leo veio ao mundo primeiro. Lindo, rosado, chorão, com um ótimo peso para um prematuro, 2,3 kg, e com apgar 9. Pedro nasceu 1 minuto depois, bem pequenino, com pouco mais de 1 kg, apgar 7 e 9. A princípio, todos se preocuparam com Pedro, e a notícia foi de que somente ele precisaria ficar na UTI neonatal. Alguns minutos depois, enquanto finalizavam a cirurgia, uma enfermeira veio até mim dizendo que Leo também precisaria ficar internado junto com o irmão, pois havia ficado “cansadinho e roxo” na hora do banho. Para mim, aquele momento foi crucial. Em minha mente, foi ali que tudo aconteceu, falta de oxigenação cerebral, gerada por incompetência médica, descaso e uma pitada de negligência.
Foram feitos todos os exames de rotina que geralmente prematuros necessitam, e a constatação foi “hemorragia intracraniana grau IV” no Leo, insuficiência respiratória, icterícia e infecção generalizada. Ele passou três dias respirando com aparelhos, sem eu poder pegá-lo no colo. Em Pedro, foram acusadas anemia e hemorragia intracraniana grau I, o que não era preocupante, pois geralmente é logo absorvida pelo cérebro, como ocorreu em poucos dias. Esbanjava saúde. Eu não tinha ideia da dimensão daquele diagnóstico de Leo, então, ao sair da reunião com a psicóloga e o pediatra que me deram a notícia, corri para a livraria mais próxima. Passei longos momentos lendo, pesquisando sobre neurologia infantil e me aprofundei no assunto. Em casa fui para a internet, e ao digitar no site de buscas “hemorragia intracraniana grau IV”, o primeiro resultado foi uma criança tetraplégica em uma cadeira de rodas. Exatamente como Leo é hoje, 5 anos depois.
Chorei, desabei. Mas mantive o otimismo. Os médicos diziam que só o tempo nos diria que tipo de sequelas aquela hemorragia poderia deixar, e eu sempre acreditei no melhor. No pior dos meus sonhos, Leo teria um atraso motor, mas para mim seu irmão seria um grande estímulo para prosseguir. Foram 25 dias de internação, e no dia da alta, foi um novo parto para mim. É como se meus filhos estivessem renascendo e se abrindo uma nova esperança para a vida, minha nova vida. O que aconteceria dali em diante não me importava, pois eu tinha meus bebês em meus braços como desejei. Fiz questão de carregá-los sozinha, cada um de um lado, e me sentia a mulher mais poderosa do mundo na porta daquele hospital!
A partir dali, buscamos estimulação precoce, fomos a alguns neurologistas e a resposta era sempre a mesma: só o tempo dirá. E realmente, o tempo foi nos mostrando como seria a vida de Leo. Pedro balbuciou as primeiras palavras, firmou o pescoço, aprendeu a se sentar sozinho aos 5 meses, e Leo continuava com o motor de um recém-nascido. NUNCA nenhum médico me disse “seu filho tem paralisia cerebral”, mas eu já sabia. Eu me informava, pesquisava, devorava tudo sobre o assunto, e fui descobrindo aos poucos, por mim mesma, talvez por isso, sem choque, sem dor. E, então, realizei dentro de mim que, sim, eu tinha um filho com necessidades especiais, mas que eu o amava de qualquer jeito. Filho é filho. Com ou sem paralisia cerebral.
Passado o susto inicial, como foi a adaptação à realidade de serem pais de uma criança especial?
Conheci o Centro de reabilitação SarahRio. Naquela primeira avaliação, um mundo se abriu diante de nós. Entendi verdadeiramente como funciona um cérebro humano, olhei aquelas famílias e crianças à nossa volta e senti que aquele também seria meu mundo. Lá fiz um curso de shantala, que considero um divisor de águas em nossas vidas, onde consegui quebrar barreiras do toque, provocada pelo trauma da internação. Fizemos hidroterapia junto com outras crianças com a mesma patologia, participamos de grupos de estimulação sensorial ao lado de outros pais e crianças com diversos tipos de deficiência, e vi que não estava sozinha. A quantidade de deficientes no Brasil é impressionante: são cerca de 45 milhões, mais ou menos 24% da população, ou seja, quase 1/4 dos brasileiros! Onde estão essas pessoas!? E no Sarah, referência nacional em neurociência, podíamos nos juntar a alguns deles, falar a mesma língua sobre filhos com limitações e não aqueles perfeitos de pracinha, onde as mães disputam quem é o mais bonito e/ou quem vai andar primeiro. Lá estávamos todos no mesmo barco. Acreditando na neuroplasticidade, passei a estimular meu filho da minha maneira e não apenas com sessões de fisioterapia. A estimulação está no dia a dia, na troca de fraldas, na hora do banho, no momento da alimentação. Hoje, Leo me dá respostas cognitivas fantásticas, criamos um método próprio de comunicação, mesmo sem ele saber pronunciar uma palavra, e surpreende até mesmo os médicos. Por isso, afirmo: certas coisas não vêm escritas nos livros de medicina.
Sente que sofrem algum tipo de preconceito por parte de amigos ou familiares? E por parte de desconhecidos? Como lidam com isso?
O preconceito está em toda parte. Vem encruado na alma, e qualquer ser humano “normal”, parando para avaliar de maneira mais profunda, verá que sente e sofre algum tipo de preconceito. Parto do princípio de que o homem nasce sem preconceito, ele é adquirido ao longo da vida. Mas Leo veio ao mundo não por acaso, mas para desestruturar esse preconceito nas pessoas. Convivendo com ele, muitos aprenderam a deixar o conceito preestabelcido de lado, pois sua energia é tão cativante, sua alegria natural de viver é tão intensa, que percebemos que o que vale é “ser” feliz. A deficiência se torna um mero detalhe. Qualquer sentimento medíocre como esse vira secundário diante da grandiosidade e respeito por aquele serzinho que nasceu lutando por seu lugar ao sol.
Infelizmente, a população ainda não está preparada para conviver com as diferenças. Diariamente (sem exagero, TODOS OS DIAS) Leo é alvo de olhares, que acredito até serem de curiosidade, já que muitas famílias preferem esconder seus entes com alguma deficiência. E já ouvi isso, inclusive das próprias mães ditas “especiais”. Por não tolerarem esse tipo de curiosidade, acabam privando seus filhos de passeios pelos obstáculos impostos no dia a dia dificultando nossa vida. O desrespeito às vagas de deficiente e seus condutores é um grande exemplo cotidiano. E muitas dessas mães acabam se cansando e desistindo. Mas comigo faz o efeito contrário.
Este ano o Leo vai começar a frequentar uma escola especial. Conte um pouco sobre a batalha que foi encontrar um local que tivesse condições de recebê-lo.
Conheci por volta de dez escolas com ensino regular que se dizem inclusivas. Poucos sabem, mas é direito da criança a matrícula em qualquer escola que eu bem entender. É lei. E essas escolas simplesmente cumprem, aceitando a criança deficiente, mas sem nenhum projeto concreto de inclusão. O que significaria mudança pedagógica, estrutural e até na questão espaço físico. Todas colocam empecilhos, como se meu filho não fosse bem-vindo ali, um estorvo. Entre as dificuldades impostas está a cobrança de duas mensalidades para Leo ingressar na educação infantil, com a alegação de custos de uma facilitadora, ou mediadora, como outras chamam. Concordo que meu filho, tetraplégico, precisaria de uma atenção maior, mas se a inclusão é LEI, a escola deveria estar preparada para isso. É tudo muito contraditório. O que meu filho precisa não é aceitação. Apenas exercer o direito que toda criança comum tem, de ir para um maternal, conviver com outras crianças e participar das atividades propostas, sem questionamentos e diferenças. Nosso país tem uma das melhores proteções constitucionais das pessoas portadores de deficiência no mundo. Em contrapartida, é um dos que menos cumprem e fazem valer o que é de direito.
E depois desta busca cheia de decepções, decidi que Leo estudaria em uma escola específica para crianças deficientes, com crianças iguais a ele, profissionais preparados e capacitados para atendê-lo. Foi uma nova luta, os preços são exorbitantes, considerando o valor de um salário mínimo no Brasil. Uma mensalidade custa em média R$ 3.500, por meio período em uma educação infantil! Surreal em se tratando de Brasil. A deficiência não escolhe classe social, e o governo pouco faz para ajudar essas famílias.
O que acha que poderia ser feito para ajudar a melhorar a qualidade de vida das famílias que têm crianças especiais?
Para começar, o respeito. E quando eu falo em inclusão, não me refiro apenas à tão falada inclusão escolar, mas, sim, na inclusão social como um todo. É respeitar as vagas destinadas aos deficientes e seus condutores como eu disse anteriormente, a construção da acessibilidade, que é linda na teoria, mas na prática nada funciona. Visitei uma escola com ensino especial que não tinha elevador, apenas escadas. Uma hipocrisia! Parquinhos adaptados, porque a criança deficiente tem o direito de se divertir como qualquer outra! Diminuir os custos em relação a terapias, a equipamentos de necessidade básica, pois as empresas e indústrias se aproveitam da necessidade do deficiente para lucrar.
Como é a relação de Leo com o Pedro e com a Stella? Pelo o que conta, todos parecem ser muito ligados. Eles têm algum modo próprio de se comunicar com o irmão? E você e seu marido?
Costumamos dizer que Leo veio para nos unir, nos fazer uma família de verdade, com problemas e vitórias, não um comercial de margarina. Hoje, como casal somos mais fortes, nos sentimos indestrutíveis. Graças às dificuldades que passamos juntos com o nascimento dos bebês, nada nos abala. O que importa é o que realmente importa. Nos sentimos prontos para tudo, valorizamos cada segundo, pois não sabemos se amanhã Leo estará internado com pneumonia ou convulsão, como aconteceu muitas vezes. A deficiência do meu filho em si nunca foi problema, mas o que ela pode trazer, e esses são dois fantasmas em nossa vida que nos amedrontam. O tempo é hoje e vivemos intensamente.
Leo é um pedacinho de Pedro e vice-versa. Afinal, vieram do mesmo óvulo! Pedro trata o irmão como uma criança qualquer, como se não conseguisse enxergar a deficiência dele. É natural. E, consequentemente, Pedro trata outras diferenças, em outros círculos com outras pessoas, sem preconceito, o que me enche de orgulho e alegria! Disputa carona em sua cadeira de rodas, toma banho em sua banhita, adora ir ao centro de reabilitação, fica encantado com aquele mundinho! Disputa o último pedaço de chocolate como qualquer irmão comum, conversa como se Leo pudesse responder, joga bola dentro de casa e posiciona a cadeira do irmão na lateral dizendo que Leo é o juiz! Impossível não se encantar!
Stella, como irmã mais velha e do sexo feminino, já tem o instinto de cuidar, proteger. É carinhosa ao extremo com ele, e esta não é uma característica de sua personalidade, mas com Leo tudo muda. Como qualquer pré-adolescente, tem dias em que não tem paciência, e confesso que isso até me faz feliz, pois vejo que realmente não há diferenças para ela. Leo é como o robô do filme Inteligência Artificial. Exala amor, foi criado para ser amado!

No aconchego do larTags: 

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Mãe de três meninas fala sobre a decisão (e a emoção) de viver o parto das duas mais novas em casa
Mãe de três meninas fala sobre a decisão (e a emoção) de viver o parto das duas mais novas em casa
Lia Sergia Marcondes tem três filhas: Luiza, com 6 anos, Maria, de 1 ano e 9 meses, e Sofia, de apenas 3 meses. As três nasceram de parto normal, mas um detalhe faz uma grande diferença entre a chegada ao mundo da mais velha e das duas mais novas: Maria e Sofia foram paridas em casa, com todo aconchego e tranquilidade que Lia sonhava antes mesmo de engravidar pela primeira vez na vida. Aqui ela conta como se deu a realização desse sonho.
Você teve o primeiro parto, normal, no hospital. Como e por que se deu a decisão pelo parto em casa? Era algo em que já pensava antes de ter a primeira filha?
A minha mãe teve dois filhos. Eu nasci de parto normal e o meu irmão de cesárea. Ela sempre falou que o primeiro parto foi muito melhor na recuperação. Confiando na experiência dela, e após várias leituras sobre o assunto, tomei minha decisão e, quando engravidei pela primeira vez, cogitei o parto humanizado. Mas na cidade onde eu vivia a prática só é feita por médicos e clínicas particulares, e eu não tinha plano de saúde ou dinheiro para pagar particular. De toda forma, a decisão pelo parto normal estava tomada. Entrei em trabalho de parto e fui para o hospital com 42 semanas de gestação. Tive o parto normal, mas não foi um atendimento acolhedor.
Como foi o processo de se informar e de procurar os profissionais que ajudariam a viabilizar o seu segundo parto em casa?
Em 2008 eu me casei e vim pra São Paulo. Quando engravidei, meu marido falou que três amigas nossas tinham tido parto normal doméstico, e perguntou se eu gostaria também. Fui conversar com elas e pesquisei sobre o assunto, entrei em alguns sites sobre o tema, procurei grupos de mães que tivessem a experiência de parto humanizado. São Paulo oferece muito mais opções nesse sentido, a preços mais acessíveis. Quando senti que era o que queria, liguei para as parteiras que fizeram os partos das nossas amigas e conversei longamente, tirando toda e qualquer dúvida. E uma coisa que elas disseram foi que me fez decidir convictamente pelo parto domiciliar: “Lia, o parto é seu, é o seu momento e é você quem está no comando. Nós te damos as opções e estamos ali para te auxiliar no que for preciso. Mas se você não estiver 100% confortável, não será um parto realmente humanizado. Você decide quem fica, quem sai, se quer piscina, cadeirinha, cama… Tem que ser tudo pra deixar você com o máximo de serenidade e conforto, porque é o seu bebê quem está vindo ao mundo, e não o nosso.”
Você relata que o parto de sua segunda filha foi muito tranquilo. Seu marido até cochilou e você tuitava entre uma contração e outra. O fato de estar em casa favoreceu essa tranquilidade?
No começo das contrações, enquanto não “emplacava”, eu tuitei para me distrair e relaxar. Uma vez no quarto, escolhi a cadeira de parto. Meu marido sentou num banco atrás de mim, me dando os braços dele como apoio. Num dado momento, entre uma contração e outra, ele cochilou por alguns segundos no meu ombro… Foi realmente inusitado. Eu estava muito calma, muito tranquila. Minha sogra (que é como minha segunda mãe) estava lá também e dava muita confiança. Os meus pais moram na Bahia; portanto, não puderam estar perto nos últimos dois partos.
A experiência do parto é mais intensa quando estamos numa situação de intimidade?
Sem sombra de dúvidas. Com Maria e Sofia eu pude curtir cada hora, cada contração, cada momento do parto. Prestar atenção ao som do coração delas durante o parto, sentir os pequenos movimentos, senti-las descendo e se encaixando, perceber o instante exato em que iriam sair mesmo de dentro de mim para, no instante seguinte, já ouvir aquele chorinho fino e curto que tem o poder de nos fazer derramar lágrimas instantaneamente. Isso aquece nosso corpo inteiro, até o cantinho mais fundo da alma, de pura emoção e felicidade de dizer: meu bebê está vivo. Pude pegar as duas em meus braços com calma, sem nenhuma enfermeira com pressa para pesar, medir e limpar.
Um dos temores mais comuns de quem está pensando em ter um bebê em casa é sobre como a equipe poderá agir em caso de alguma intercorrência durante o parto. Como você foi orientada a esse respeito pela equipe que a acompanhou?
As parteiras com quem fiz meu parto, que têm parceria com uma equipe de médicos, trabalham na seguinte condição: parto doméstico, só parto de baixíssimo risco. Ou seja: pressão alta, diabetes, histórico prévio de eclampsia ou convulsões, enfim… todas as condições em que o parto pode se tornar de risco, aí o parto é hospitalar. Elas acompanham e fazem o parto humanizado em hospital também, seguindo os mesmos procedimentos de casa, mas dentro do hospital. No entanto, isso é conversado antes, e é decidido sempre, por mais que seja zero ou baixíssimo risco, pra qual hospital a mulher gostaria de ir em caso de alguma coisa sair fora do previsto.

Bumbum a salvoTags: 

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Como proteger seu bebê do tormento das assaduras
Como proteger seu bebê do tormento das assaduras
É só descuidar um pouquinho que elas aparecem, sorrateiras, deixando o bumbum do bebê avermelhado e bastante irritado. Às vezes, chegam até a provocar pequenas lesões na pele, que ardem em contato com o xixi. Assaduras são mesmo chatas, mas, felizmente, não são tão difíceis de serem prevenidas.
Elas nada mais são que uma dermatite causada pelo efeito irritativo das fezes e da urina em contato com a pele. Por isso, o mais importante no quesito prevenção é fazer trocas frequentes e higienizar o local usando algodão embebido em água morna ou fria.
Quando o bumbum está muito sujo, vale a pena lavar com água e sabonete neutro e depois secar bem. Usar um creme protetor contra assaduras é importante, assim como deixar o bebê sem fralda por alguns períodos durante o dia, principalmente no calor.
Em alguns casos, a assadura pode ser desencadeada por uma reação alérgica a algo que esteja em contato com a pele do bebê. Se o problema não melhorar, tente variar a marca da fralda.
Muitas mães associam o aumento das assaduras com o nascimento dos dentes. Isso pode ocorrer porque, com os primeiros dentinhos despontando, a criança coloca tudo na boca e costuma ter mais diarreia, o que acaba irritando a pele.

O bebê e a TVTags: 

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Algumas considerações antes de adotar a televisão como uma babá digital
Algumas considerações antes de adotar a televisão como uma babá digital
Quem olha um bebê quietinho diante da TV, fascinado por tantas imagens, tanta luz, tanto som, chega a imaginar que aquilo pode ser uma boa alternativa para distrair os pequenos. Será mesmo?
Um bebê precisa explorar o mundo com todos os seus sentidos: tato, paladar, olfato, visão e audição devem ser requisitados em suas atividades exploratórias ao longo do dia. A TV e os filminhos em DVD voltados para o público infantil oferecem apenas muito estímulo visual e auditivo, com imagens chapadas, bidimensionais, sem a riqueza de detalhes do mundo real. “Sem contar que diante da TV não há interação nem contato físico com outras pessoas. Um bebê precisa disso para que se desenvolva de maneira plena. Às vezes atendemos no consultório crianças com atraso na fala e, quando investigamos a rotina delas, descobrimos que são deixadas diante da televisão por horas seguidas desde muito pequenas. Basta mudar esse hábito e interagir mais com elas para que o quadro se reverta”, conta Paulo Breinis, neuropediatra do Hospital Infantil Sabará.
Frederick Zimmerman e Dimitri Christakis, pediatras e pesquisadores da Universidade de Washington, realizaram um amplo estudo sobre os efeitos da exposição precoce dos bebês à TV. Uma das conclusões a que chegaram é que o excesso de estímulo que a programação infantil oferece pode contribuir para que a criança cresça com uma capacidade de concentração mais baixa e, pior, achando a realidade um tanto quanto chata.
Mas existe um limite seguro de tempo para expor crianças com menos de 2 anos à TV? “Tudo é uma questão de bom senso”, observa o doutor Breinis. Se a rotina do bebê puder ser preenchida com brincadeiras que estimulem seus movimentos, se um adulto interagir com ele de maneira carinhosa e falar com ele olhando nos olhos, se ele tiver acesso a brinquedos simples, mas que agucem seus sentidos, a TV acabará ficando, naturalmente, em segundo plano.

“Hoje não, amor”Tags: 

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Entenda os altos e baixos do desejo sexual durante a gestação
Entenda os altos e baixos do desejo sexual durante a gestação
Uma montanha-russa. É assim que muitas mulheres costumam definir as oscilações de desejo que enfrentam durante os nove meses de gravidez. A disposição (ou não) para transar muda muito de gestante para gestante e de uma fase para outra da gestação. E o motivo para essa variação não é apenas hormonal. Há fatores emocionais e puramente físicos em jogo também.
Nos primeiros três meses, muitas mulheres ficam sem vontade de fazer sexo porque sofrem com enjoos e muito mal-estar. Qualquer cheiro é capaz de embrulhar o estômago, inclusive o cheiro do companheiro. “Nesse primeiro trimestre há ainda o medo de perder a cria, de a gravidez não vingar. Essa preocupação e uma série de outras podem minar o desejo”, explica Carla Zeglio, sexóloga do Instituto Paulista de Sexualidade. “É importante que o companheiro seja compreensivo e não se afaste. Mesmo sem ter relações sexuais, o casal pode continuar conectado, trocando carinhos”, orienta Carla.
No segundo trimestre, quando os enjoos já foram embora e as preocupações com um aborto espontâneo diminuem, normalmente a mulher volta a sentir vontade de transar. A barriga está crescendo, mas ainda não chega a atrapalhar as peripécias na cama. Se a gestante tiver uma relação legal com o próprio corpo, as mudanças em suas curvas não serão um problema. Algumas até relatam sentir mais desejo que o normal nessa fase – a maior irrigação sanguínea na região pélvica é uma das explicações para esse aumento da temperatura sexual de muitas grávidas. “Mas algumas estranham as novas formas, imaginam que não estão tão atraentes”, ressalta a especialista. Se houver cumplicidade entre o casal, esse tipo de sensação pode ser superado aos poucos. A questão é relaxar e aceitar as mudanças do corpo, que precisa se transformar para abrigar um bebê, o que não significa que não há mais sensualidade nele.
No terceiro trimestre, a atividade sexual pode sofrer novo abalo: a barriga atrapalha algumas posições, e o desconforto aumenta à medida que o parto se aproxima. Isso sem contar a ansiedade que vai tomando conta dos pensamentos do casal com a proximidade da chegada do bebê. É hora de usar a criatividade, experimentar posições alternativas e explorar a sexualidade de várias formas – sexo não precisa ser só penetração. E também é hora de ter em mente que não será por causa de um período de jejum sexual que o relacionamento estará fadado ao fracasso.
Mesmo depois que o bebê nascer, a rotina amorosa continuará alterada, mas voltará ao normal aos poucos. Vale lembrar que, do ponto de vista médico, não há contraindicação ao sexo em nenhuma fase da gravidez – desde que, claro, esteja tudo bem com a mãe e o bebê. Mas, como desejo não rima com medo nem com dúvida, aproveite as consultas do pré-natal para desanuviar todos os seus receios com o obstetra.

Meninas de rua? Não, meninas da Lua!Tags: 

Foto: Arquivo Pessoal
A psicóloga Raquel de Barros tentou engravidar durante quatro anos. Depois de vários tratamentos, recebeu dos médicos a notícia de que não poderia ser mãe. Tinha então 34 anos e morava na Itália. Uma vez por ano, vinha ao Brasil atuar num projeto que atende crianças e adolescentes em situação de rua, em São Paulo. Como não poderia concretizar o sonho de colocar um filho no mundo, tratou de realizá-lo por meio de outro viés. Decidiu trabalhar em parceria com as meninas de rua que conhecia tão bem, e que já eram mães, mas sofriam por não poderem viver plenamente a maternidade. Nascia assim a ONG Lua Nova, que hoje abriga 32 jovens mulheres e seus filhos. As luas, como são chamadas carinhosamente por Raquel, recebem alimentação, assistência médica e psicológica e, acima de tudo, a chance de assumir as rédeas da vida e poder construir um vínculo com suas crianças. Dois anos depois da criação da ONG, surpresa: Raquel estava grávida de gêmeas! Confira na entrevista a seguir os detalhes dessa história surpreendente.
Como foi o período entre receber o diagnóstico de que não poderia ter filhos e a tomada de decisão de criar um projeto com jovens mães que não podiam viver plenamente a maternidade?
Sempre fui muito otimista, mas claro que era frustrante imaginar que eu não poderia engravidar. Não cheguei a ficar deprimida, mas queria voltar para o Brasil e começar logo o trabalho que eu tinha em mente: criar um espaço em que pudesse acolher jovens mães em situação de risco e seus filhos e desenvolver atividades com elas. Acabei encontrando um sítio em Sorocaba, no interior de São Paulo, e levei cinco garotas para morarem lá com seus filhos. No começo quase não tínhamos estrutura, mas aos poucos fomos nos articulando e recebendo apoio, inclusive do poder público.
E de que maneira vocês ajudam essas jovens mães a reencontrarem um rumo para suas vidas?
Todo relacionamento é baseado na troca. Nós trocamos potenciais. Se a gente faz com que uma pessoa reconheça seus potenciais, ela vai conhecer seu poder de troca. A aposta não é gerar uma dependência da jovem com a ONG ou com a maternidade, mas fazer com que aflore nela tudo o que ela pode ser. A rua ou os abrigos convencionais mostram tudo o que elas não são. É como um depósito de pessoas, como se não tivessem nada de bom para oferecer ao mundo. É aquela visão de que são vulneráveis e pronto. A sociedade nem quer olhar muito para elas. Por isso o projeto se chama Lua Nova, que é a lua que existe, mas a gente não vê.
E o potencial transformador da maternidade deve ajudar nesse aflorar de potenciais, não?
Ser mãe é uma coisa poderosa, é como um dom. Isso tem que ser valorizado em todos os aspectos. Temos psicólogos que trabalham a relação entre mãe e filho e um especialista em recreação, que, a meu ver, é até mais interessante para elas do que o psicólogo. Essas jovens não brincaram na infância, ninguém nunca leu uma história para elas. Esse recreador propõe brincadeiras que as ajudam a se relacionar melhor com os filhos, é muito terapêutico. Elas também fazem Shantala nos bebês, brincadeiras de roda, jogos, leem para as crianças. Algumas são muito extrovertidas e animam as outras, mas num primeiro momento existe uma timidez, um desconhecimento dessa coisa do contato, que não era comum até então para elas.
Por quanto tempo as garotas costumam ficar na casa?
Em média, de seis meses a um ano. Nós as ajudamos a criar um plano de vida, a construir uma rede social para que tenham apoio quando saírem daqui. Elas aprendem maneiras de gerar renda, participam de oficinas de bonecas, de tijolos, de panificação. Quando deixam a Lua Nova, continuamos acompanhando por cerca de um ano para saber se estão conseguindo se inserir socialmente. Em 70% dos casos, a adaptação é positiva. Elas conseguem dar uma nova direção às suas vidas, sem precisar se afastar dos filhos. Atualmente, presto consultoria para o Governo Federal, que tem um projeto de criar unidades com a proposta do Lua Nova em todas as capitais do país.
E dois anos depois de criar a Lua Nova, você se viu grávida de gêmeas, que hoje têm 10 anos. Como foi isso?
Eu não esperava, foi natural, não estava fazendo tratamento naquele momento. Eu acho que precisei primeiro vivenciar a maternidade no coletivo para experimentá-la individualmente. E, a partir do momento em que me tornei mãe, meus ideais só se reforçaram, pois pude sentir realmente o potencial transformador da maternidade.

Tristeza que não passaTags: 

Foto: Divulgação
A depressão pós-parto precisa ser tratada a tempo para não prejudicar o vínculo com o bebê
A depressão pós-parto precisa ser tratada a tempo para não prejudicar o vínculo com o bebê
Se tudo fosse como na maioria dos comerciais de TV, maternidade seria só plenitude, e nenhuma mãe sentiria tristeza nem jamais sofreria de depressão pós-parto. Mas as coisas do lado de cá da realidade não são sempre cor-de-rosa. Há muitas outras cores na paleta da vida real – e algumas sombras também.
A grande maioria das mulheres enfrenta um período natural de melancolia após o nascimento do filho, o chamado baby blues. Trata-se de um quadro de desânimo, apatia, uma tristeza inexplicável que muitas vezes acaba em choro, sensação de culpa e vazio. “O baby blues atinge cerca de 80% das mães. É algo passageiro, pontual, que costuma durar de uma a duas semanas após o parto. Se os sintomas se estendem por mais tempo, é preciso investigar a possibilidade de uma depressão pós-parto”, explica Joel Rennó Júnior, diretor do Programa de Saúde Mental da Mulher do Hospital das Clínicas de São Paulo.
A depressão pós-parto exige atenção e precisa ser acompanhada por um psiquiatra. “Muitas mulheres acabam se tratando com o obstetra, que não tem condições de fazer um diagnóstico preciso”, alerta o doutor Rennó. As causas desse problema ainda não são inteiramente conhecidas, mas a abrupta variação hormonal que sofremos depois de colocar um filho no mundo é apontada como um dos principais estopins do distúrbio, que atinge de 15 a 20% das mães.
A mulher que já teve algum tipo de depressão em outras fases da vida ou enfrentou crises de ansiedade durante a gestação está mais sujeita a desenvolver o problema. Se não for tratada a tempo, a depressão pós-parto pode prejudicar o vínculo entre a mãe e o bebê – a mulher às vezes fica tão apática em relação ao filho que se afasta, não interage com ele, o que traz prejuízos emocionais e até neurológicos para a criança. “Em alguns casos é preciso, sim, entrar com medicamentos. Mas o médico precisa ser muito criterioso. Alguns remédios podem ser tomados sem a suspensão do aleitamento e outros não”, pondera Rennó.
O apoio da família ajuda muito, assim como partir para uma psicoterapia. A maternidade traz à tona nosso lado mais luminoso, mas também muitas de nossas sombras. Trata-se de um bom momento para encará-las e crescer com elas.

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